Medicina - Parte II

Bom dia! ! !

Estou aqui para terminar o post de ontem [Medicina - Parte I], até porque tanta coisa durante este tempo não poderia caber em "algumas" palavras!

Meu post todo foi focado nos meus mais sinceros agradecimentos a minha família, meus amigos, professores e conhecidos. O outro lado do post passado mostrou como um caminho se tornou mais suave [conforme disse marília] e a maneira pela qual ele se tornou tão diferente daquele que eu havia imaginado no terceiro ano.

Durante todo esse tempo, eu falei sobre os últimos três anos, só que uma outra coisa é preciso ficar esclarecida, seria injusto falar de uma vitória tão importante para mim e abreviá-la aos últimos anos. Decidir fazer medicina foi uma construção tal qual ser aprovada no curso. Não era apenas uma dúvida minha, e, ao longo de anos, ouvi muitos colegas dizerem: "É tão ruim tomar uma decisão tão importante quando nem mesmo você se sente preparado e maduro para isso". Concordo plenamente, apesar de ter decidido aos treze, todo o meu processo de escolha perpassou vários momentos, várias profissões e todas elas completavam, de alguma maneira, o meu eu. Na verdade, no fim das contas, o que restou foi uma paixão que só eu poderia entender. A partir do momento em que eu descobri o porquê medicina só fazia sentido para mim, eu passei a pensar: "Se eu não fizer medicina, eu não sei o que eu farei, é mais do que uma identificação", conforme eu disse, é uma paixão, algo interno que te faz pensar...é isso que eu quero fazer, ser, quero trabalhar assim. E digo isso, porque durante todo o ensino médio e posteriormente os anos de cursinho, a dúvida persistiu. Na época, no entanto, uma dúvida mais refinada, mais cheia de repercussões e responsabilidades, não era apenas uma questão de "quero fazer isso", é também "será que eu quero fazer mesmo aquilo pelo qual eu tanto insisto?".

Parte do direcionamento pessoal que te inclina a uma escolha ou a outra já responde parte dessa dúvida, um conhecimento de si, dos gostos, das suas ações. A outra parte...bom, para está só o tempo traz a resposta. O complemento para essa questão veio de fato depois de muito tempo, uma resposta que a prática pode te dar, a rotina daquilo que você escolheu. No meu caso, graças a Deus, ela começou a ser respondida de uma forma mais feliz e confortável daquela que planejei, aplacou meus medos e trouxe minha paixão e vontade à tona de uma maneira esplêndida!

A dúvida começou a ser respondida na Primeira faculdade, na FPS.

E novamente, vem aquele caminho diferente. Acontecimentos que você nunca espera, até de fato prefere que não aconteçam podem mudar sua vida! Por dois anos, insisti em não fazer vestibular para essa faculdade, por vários motivos, e o interessante é que eu tanto não queria que pensava bastante que não iria ser aprovada. Como um ato de persistencia final, e muita insistência dos meus pais, eu resolvi fazer. Ainda bem mesmo!

No começo de 2012, vieram muitas conturbações, de cara as não aprovações dos outros vestibulares, eu cheguei mesmo a dizer: "Ham! Este ano será muito estranho isso sim!". É acertei, mas isso não foi nada ruim. Passei de descontentamentos, à uma grata espera. Fiquei bem próximo na lista de remanejamento de uma das faculdades que eu sempre quis, mas isso foi apenas uma parte. Mesmo nunca tendo desejado estar na FPS, foi ela quem me trouxe agradáveis surpresas e só tenho que agradecer pontualmente por elas.

Primeiramente, fiquei muito em dúvida: "Para quê começar uma faculdade com toda a intensidade se o mais provável é que daqui a pouco eu saia?" . Até que eu decidi que independentemente do que acontecesse, eu aproveitaria ao máximo, mesmo por poucos dias, eu poderia extrair daquelas oportunidades grandes coisas, e assim foi, não tive certeza se era o melhor, na época, mas agora eu sei: foi a melhor coisa que poderia ter feito!
Conheci pessoas maravilhosas, em 15 dias e já sentirei falta! Aplaquei o receio em relação aos professores da faculdade, foram incríveis, e percebi o quanto minha paixão por medicina estava acesa!

E novamente eu digo, não me arrependo de nada! Aliás, desta vez, foi ótimo ser contrariada! Deixaram-me com ótimas expectativas para a UPE!

Pois é, acho que a grande lição é que você pode tirar coisas maravilhosas daquelas aparentemente desagradáveis ou inesperadas! Aquilo inimaginavel agora pode ser a melhor coisa a acontecer em um futuro próximo, o importante é estar preparado para isso, dar tudo de si, com toda a paixão e paciência que tornam possíveis as tarefas mais árdua se tornarem as mais compensadoras.

Então, eu fecho o post com uma mensagem para aquelas pessoas a quem admiro muito: [Família, professores e amigos]:

"Muito obrigada por terem tornado esses últimos anos melhores do que eu poderia imaginar e, o mais importante, recompensadores! Uma recompensa abstrata e incompreensível para aqueles que veem de fora, que não acompanharam o processo, mas que para mim, só ela mostra o sentido da forma pela qual eu decidi  ajudar as outras pessoas [e com ajuda de todos vocês consegui!]!"

P.S: Parafraseando Hipócrates: A arte é longa e a vida é breve...mas só essas pequenas e importantes recompensas justificam o longo aprendizado e o esforço de se escolher a medicina entre todas as formas de ajudar o próximo mesmo neste curto tempo que temos. Afinal, não importa onde, quando, alguém me ensinou que o importante é fazer a diferença!

2- Conforme Marília disse [de novo]: Que venha novas histórias! E aqueles que ainda não encontraram sua paixão...procurem profundamente dentro de si e àqueles que estão começando a persistir agora, boa sorte :)

E, é lógico, obrigada a Meu Deus por ter me guiado por o caminho que era conhecido por ele como o melhor para mim. Obrigada!

- "O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor" (Pv 16:1)