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Enfim, 2013...


Boa noite!

Fico feliz de voltar a postar aqui após tanto tempo! (Mesmo que eu deixe claro que o blog não está inativo, a escassez de postagens novas não é bem...agradável)

Bem, 2013 está praticamente acabado e, desta vez, resolvi vir aqui para "fechar" o ano e não apenas fazendo os meus posts de "abertura de ciclo".
Aliás, "ciclo" não é a ideia que gosto de passar quando falo de passagens/viradas de anos, portanto não será a linha a ser seguida neste post, menos ainda por mim na vivência. Afinal, só parece, assim, ser reforçada a sensação de que todas as retrospectivas, desejos e votos feitos nos fins de anos, não levam a nada e, no fim, tudo é um ciclo, de fato, vicioso, nos quais os mesmos erros são cometidos. Vou além, não quero dizer que devemos nos livrar de nós mesmos quando passa um ano, claramente, não é algo possível ou mesmo interessante.

A ideia que trago aqui também é de retrospectiva, mas aquela que abre caminho para a renovação e excelência. 
Há algumas semanas, comentei com alguém, (ah sim, minhas retrospectivas começaram há um tempo) que havia chegado a conclusão de que era muito feliz mesmo com tantos enfrentamentos não agradáveis em diversos âmbitos da minha vida, mas, então, por quê? Sem receita, magia. 
Quando o que nos restam são memórias e sentimentos ligados a elas, nossa retrospectiva interna - que nos faz percebemos-nos felizes ou não - reflete-se na "Percepção". 
"Olhe como você não estava olhando antes, talvez você enxergue algo que sempre esteve lá!"

Por percepção diferenciada das situações, então, vi que o que fazia o balanço do ano ser positivo, não era a efetividade imediata dos fatos, mas definitivamente o que eu fiz por conta deles ou através de, afinal...”A essência de uma vida cheia de glórias é o equilíbrio”.
Então, o meu primeiro convite a todos que eventualmente venham a ler este post, é que junto com os brindes, presentes e sorrisos – devidamente festejados – venha uma profunda reflexão, não por nostalgia, tristeza ou autossabotagem e, sim, para que surja uma oportunidade efetiva de saber o que de melhor deve continuar e o que de ruim pode e, principalmente, o modo pelo qual deverá ser adequado.
Não se trata de resiliência pura e simples. A força de vontade, quando acreditamos, é a força propulsora de todo recomeço, da mesma maneira que a falta dela – com a desilusão em si – pode ser a chave para a persistência do conformismo.
Então, minha pergunta é: “Quem quero continuar sendo para me tornar aquele de quem preciso?”

Ótimas festas e reflexões!

Comentários

  1. Acho incrível a capacidade de ser feliz por um motivo simples ==>> Sem motivo algum!!! Ser feliz por apenas ser feliz, por acreditar no amanhã e por vivenciar o presente como se cada minuto fosse o último e cada momento como se fosse eterno! Viver a percepção e indagar sobre cada minuciosa coisa que existe no mundo é o que faz um senso crítico tão apurado, mas ao mesmo tempo leve, de fácil entendimento, porque é como se explicasse da forma como você entendeu algo que estava bem na nossa frente, mas não enxergamos pelos nossos próprios instintos de não observar os detalhes!

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    Respostas
    1. Muito bom! Parabéns... Texto muito bom pra lembrar que sempre precisamos nos renovar e refletir sobre a nossa existência.
      Rebeca :)

      Excluir
  2. tava com saudades dos teus textos e, como sempre, adorei :D agora sua pergunta final vai ficar martelando na minha cabeça kkkkk

    saudades, sah! s2

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