Fanatismo falacioso.

Primeiramente, gostaria de um pequeno momento egoísta e desejar boa sorte ao meu próprio blog. Claro, não sei por quanto tempo meus lapsos de alguma criatividade, ou de nenhuma, mas de vontade de escrever algo vão durar. De certo aproveitarei.

E agora sim! Não poderia começar o primeiro post por outro assunto. O título, aparentemente, pode nem remeter a nada, muitas janelas se abrem a partir de tal ponto e então vai parecer que a ideia central do post é uma, ou outra, não importa, a interpretação é aberta, mas tem a sua importância.

Poderia falar de cultura, arte, música – todos aspectos inclusive bastante envolvidos, até parecem hiperônimo e hipônimos -, porém quero falar mesmo da importância dada, por nós, a eles.

Há algumas semanas, fui ao show de O teatro mágico e, na verdade, desde o momento a partir do qual eu soube do show, pensei por que pouquíssimas pessoas sabiam? Um evento multicultural – uma feira cultural – tão pouco propagado. Até então, tudo bem, mas posteriormente percebi o frenesi por outros shows, divulgados ao extremo, mas não pelo artista, e sim pela grande empresa musical – aparentemente por "questão de cultura" – montada em volta de tais eventos.

Então, notei a falácia da fama, do fanatismo e do gosto pela música. Até parece que agora, o talento não é o que vale, não é a força motriz, não é o motivo nem o motivador da verdadeira arte. Afinal, o que valorizamos? E Será que somos nós, os responsáveis por dar algum valor à arte? A música?

Muito se fala sobre a qualidade do que é produzido, mas melhor seria, abrir os ouvidos e a mente e deixar a livre expressão artística e do gosto de cada um se difundir, sem parâmetros, sem padrões.

"Falta assunto, falta acesso
Talento traduzido em cédula
E a cédula tronco é a cédula mãe solteira

O poeta pena quando cai o pano

E o pano cai

Acordes em oferta, cordel em promoção

A Prosa presa em papel de bala

Música rara em liquidação"

(Pena, O teatro mágico)

Ótimo fim de semana!

 

Sabrina Lucas.