Escrever é resistir... De tudo que herdei de minha família, só há algo que acredito ser necessário passar adiante. E que é ensinado. Educar. Na importância dada à educação sempre residiu minha admiração aos meus antepassados. De um modo ou de outro, ela sempre me guiou e deixou-me algo residual de esperança, ainda que por alguns momentos tudo parecesse tão difícil e perdido, ela sempre me lembrou de um horizonte maior à vista e não visto também. Quando se vê de exemplo, cotidianamente, que da história de marcas agrestes de um terreno aparentemente infértil, poderiam brotar ramos e futuros frutos de uma educação cultivada, com luta e apreço, fica difícil não acreditar na vida. Foi assim, neste referencial que cresci. E a ele agradeço. Mulheres fortes, professoras. Leitores de afinco. Grandes homens. A educação ensinada sob forma de gentileza. Foram muitos retratos, agora também muitas lembranças e mais ainda perspectivas: Um só legado. E em muitos sóis de um sertão, hoje continuo com a
"Public opinion is a weak tyrant compared with our own private opinion" (Henry David Thoreau - Walden) Muitas vezes perdemos boas oportunidades de estarmos em nossa melhor companhia: nós (mesmos). Até quando somos forçados a olhar para dentro e encarar aquilo que talvez não quiséssemos enxergar, insistimos em manter-nos de olhos fechados. Certa vez, lembro de ter lido - em um lugar qualquer - que bem e mal são facetas da mesma moeda. E complementei o pensamento com um "Talvez o que tenhamos de lembrar é de, às vezes, virar o lado desta moeda". Ao observar bastantes pessoas, situações opostas e comportamentos - durante este ano que muitos somente aguardam ansiosamente que acabe - foi impossível não chegar a algumas análises e, até sim, - por que não? - avaliações também pessoais. Ontem, uma paciente contou-me que nunca havia conseguido passar tanto tempo bom com o filho até ser obrigada a estar em casa e que jamais pensou em se encarar tão reflexivamente para o pró