Boa noite.
Última noite de carnaval... Deveria ter feito o post antes, mas não pude. Então, muitas das expectativas criadas com a "Prévia" talvez tenha sido dissipadas.
Inicialmente gostaria de fazer alguns breves comentários. O Post prévia (reprise) chamou atenção sob dois aspectos: um crítico da crítica e outro da concordância (com maiores expectativas a respeito do que realmente se tratava tal post). O fato é que eu prometi e farei alguns esclarecimentos:
- O post prévia surgiu a partir de uma ideia, a qual já estava na minha mente há muito e por falta de oportunidade eu não a pus em prática.
- O post pós prévia (este) surgiu a partir de outras ideias referentes basicamente ao mesmo tema: educação.
- Este post surgiu a partir de conversas e ideias (quase) completamente diferentes daquelas que o post prévia pareceu abordar.
- Eu ainda não decidi qual título colocar neste post, mas pensei em algo referente às infinitas possibilidades de alterar nossa realidade. [É...nada a ver com educação, não é? Talvez...]
- Vou parar de besteira, esclarecimentos finais: o post prévia iniciou sim de uma atitude crítica, mas não a uma classe específica, não de forma elitista, pessoal e nem mesmo é a favor da oposição e contra a situação. Ah, por favor...seria a hora de dizer: "sinto muito", mas não sinto nada, explorei e exploro no post prévia, neste e em todo o blog a vista de um ponto entre tantos, então sintam-se à vontade para se expressarem, mas nem mesmo a minha visão é única, nem a de vocês e não é uma questão de estar certo, errado, criticar ou não.
Proponho análises, reflexões e então...algumas mudanças de direcionamentos.
Finalmente as minhas considerações sobre educação: O post.
Há algumas semanas, comecei uma conversa com um amigo sobre uma observação feita repetidamente sobre educação. Tudo começou do ponto de vista didático, o porquê de, hoje, as pessoas de um modo geral, mas particularmente desde de muito jovens, abandonarem velhos hábitos tão saudáveis. Então eu começei a pensar: "Será que eu estou pensando apenas sob uma ótica conservadora? Ah, as crianças deveriam usar os livros, eles estão sendo consumidos, não por mentes incessantes e sim pela poeira..."
Então, deparei-me com algumas outras observações: Não! Não é uma visão conservadora, não no todo...nossas preocupações estão sendo desviadas. Todos temos um potencial maravilhoso, e o mesmo nos abre possibilidades incríveis, entretanto, não nos preocupamos em treiná-lo, nem prestamos atenção - realmente, ou de forma consciente - nas nossas habilidades!
O que isso tem a ver com educação? é o que devem estar se perguntando...
Bom, vejam:
Educação: s.f. Ação de desenvolver as faculdades psíquicas, intelectuais e morais: a educação da juventude.
Resultado dessa ação.
Conhecimento e prática dos hábitos sociais; boas maneiras: homem sem educação.
Educação nacional, conjunto de órgãos encarregados da organização, da direção e da gestão de todos os graus do ensino público, bem como da fiscalização do ensino particular.
Pois é, este post surgiu de verdade, não pelos escândalos educacionais nos quais o governo se envolveu nos últimos dois anos, para dizer o mínimo. Na verdade, surgiu de um questionamento pessoal mesmo, sobre o que nós estamos fazendo das nossas responsabilidades para com o todo, e em que estamos focando?
Conhecimento e prática dos hábitos sociais...? Sim, mas por que fazer? Para sermos politicamente corretos? Para agradar uma determinada camada da sociedade? Ou pela consciência e procura de formas mais harmônicas de convivência?
Não vou dizer de pouca prática e muita teoria, mas parece que algumas ações tão bobinhas que somos ensinados quando pequenos, estão se perdendo, o que nós chamaríamos de bons valores. Não faria, no entanto, parte do que chamamos educação?
Não vou dizer de pouca prática e muita teoria, mas parece que algumas ações tão bobinhas que somos ensinados quando pequenos, estão se perdendo, o que nós chamaríamos de bons valores. Não faria, no entanto, parte do que chamamos educação?
Meu post, tem o objetivo único e exclusivo, de chamar atenção para o papel de cada nível (pessoal e por consequência social e governamental) no processo educativo.
O que nós queremos formar? Seres conscientes de seus papeis? Ou competidores, pessoas de hábitos polidos, mas fingidos?
O que queremos cultuar?
Acho incrível o intercâmbio da educação com um pouco da filosofia budista: "Educação é conviver consigo mesmo e com os outros" [Segundo o Dr. Policarpo Jr.]
Agora, faço referências ao post prévio, porque eu remeti meus pensamentos aos fatos dos últimos dois anos? porque falei de entropia? por que chamei atenção à assistência? às cotas? E é claro, por que não falei de todas as coisas boas também feitas nos últimos anos?
Meu post não é um jornal de crítica governista, menos ainda estamos em campanha política, e por tal motivo julguei um dos melhores momentos para escrever sobre.
O Brasil (viva!) cresceu bastante e em parte se desenvolveu também, ou seja, não falamos só de números, mas sim, me preocupa bastante algumas atitudes persistentes e falhas. Ai que entra: você é contra cotas? [ É, essa parte responderei pontualmente]
O sistema já está implatantado, mas não deve permanecer, não deve ser expandido [deve ser apenas uma transição], a expansão que deveria já estar em curso é o melhoramento não só das nossas instituições [estruturas, metodologia] mas do NOSSO [indivíduo-governo-sociedade] foco na educação no país. Eu sei que não é justo milhares de pessoas, no Brasil, não possuirem sequer acesso ao mais básico dos níveis educacionais e também sei que muitas outras milhares não apresentam as mesmas condições, durante todo o processo educativo, de competir posteriormente para seleção de vagas. Não acho justo, no entanto, "combater" uma desiguidade com a criação de outras é no mínimo questionável.
Já vi e ouvi deputados, senadores enfim [nossos homens do governo] irem à mídia e dizerem: "Deve existir discriminação sim, mas em relação aos brancos de classe média" O.O [ Eu me recuso a discutir afirmações assim]
O único comentário que eu faço é: a única coisa a ser discriminada [de discernir] por nós é o nosso foco: a educação de forma consciente e igualitária.
A educação é sim um direito inalienável, e é só por realmente desejar que ela seja tratada de forma não alienada que eu dedico alguns minutos para escrever aqui.
Objetivo final do post: A entropia é a tendencia geral do mundo sim, mas se ela significa desordem, então vamos desordenar nossos paradigmas [quebrá-los!] e construir as nossas possibilidades de alterar nosso meio!
- Acredito de fato, que o foco que devemos dar é nos nossos potenciais [indivíduo] estabelecer as nossas responsabilidades conscientemente [sociedade, governo]. O princípio em voga é a interconectividade entre os vários níveis constituintes desse sistema.
Por favor, não achem que eu me limito a criticar... Mas os passos são admitir que somos conscientes, que podemos mudar e que não somos livres de falhas, mas o maior perigo, é continuar falhando.
[Todo ponto de vista, é a vista de um ponto]
gostei muito do post ! É raro achar um blog que traga esse tipo de tema :)
ResponderExcluirInfelismente nós (individuo - sociedade - governo) ainda não damos o tratamento devido à Educação. É sem sombra de dúvidas o pricipal caminho para o desenvolvimento de uma sociedade mais iqualitária e da melhoria na qualidade de vida da população em geral. E pelo visto, infelismente, o erro ainda persistirá por um bom tempo. Quanto à política de cotas, esta é, no mínimo, inapropriada. Solução imediatista que em nada parece com com a máxima aristotélica recepiconada constitucionalmente como principio da iqualdade "tratar igualmentente os iquais e desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade".
ResponderExcluirEsse é um processo de retroalimentação: mudando o pensamento/conceito/atitude individual, podemos mudar o geral, o institucional. Mudando o institucional, o social, muda-se o conceito, os anseios do indivíduo.
ResponderExcluirEntendi agora o post anterior, pq não o achei teu estilo - crítico superficial. Mas mudando a maneira de olhar, baseada no texto atual, concordo com a decadência abordada. Educação vai além das salas de aula e, de todas as forma, impacta a sociedade diretamente e, consequentemente, NÓS.
ResponderExcluirP.S.: Sabrina: - Flavinha não se livra das rimas! haushushauhahsauuhasuh... eu sou uma poeta =D
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAchei esse post "igual" ao antigo, mas colocado em palavras. Ser objetivo não é ser superficial!
ResponderExcluirSe eu precisasse, usufruiria das cotas, mas teria vergonha.. É praticamente um atestado de inferioridade, do jeitinho brasileiro de "arrumar" as coisas de última hora, e nessa caso, a última hora é o fim do ensino médio. OK, se a educação estava em crise em algum momento, tudo bem colocar as cotas, mas nunca vi uma crise tão eterna...
Refletir, me deprime.
Gostei do post =)
ResponderExcluirConcordo plenamente com você! Não se pode negar que o avanço e o reconhecimento das diferenças sociais é uma vitória da nova concepção de cidadania. Porém, há uma antinomia ou entropia de princípios. Eles vem confundindo o dinâmico com o estático. E acham que o fazer faz alguma coisa, mas a questão não é o fazer é o fazer direito, fazer concreto, não imaginado. E é isso quem vem acontecendo com essas "políticas assistenciais", elas são feitas com a esperança do amanhã, porém, o fato de mudar o hoje, não muda o amanhã. Apenas piora.
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