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Estranho.

Bom dia.

Há 10 anos, ao voltar da escola, fiquei estática quando me deparei com as notícias e imagens de aviões colidindo com duas torres, na época, mal sabia o que era globalização, terrorismo, ou centro do capitalismo, ou, ainda, o significado de ser radical ou fundamentalista. Meu sentimento, naquele 2001, era, no mínimo, estranho.
Hoje, em uma manhã de 2011, acordo com um sentimento, cuja denominação mais apropriada é a mesma, algo estranho. Exatamente, a primeira notícia do dia foi um alívio, nada mais, nem euforia, nem revanchismo pelo mundo, nada.
Durante todo o transcorrer da manhã, passei então a questionar-me se a história de cada um, de cada ser humano - não de uma massa de pessoas envolvidas pelo que se chama de civilização – é, apenas, a história das guerras, porque pelo que me parece a história do mundo, sim, é a das batalhas.
Por fim, estarei bem aliviada quando o sinônimo de paz for vida.

Opinião da Igreja Católica:
O Vaticano comunicou apenas que espera que a morte do líder da Al Qaeda não venha a desencadear ainda mais problemas para o mundo. Bin Laden carregava grande responsabilidade pela cisão e pelo ódio entre os povos, sentimentos que causaram a morte de inúmeras pessoas, declarou o porta-voz Federico Lombardi, nesta segunda-feira de manhã. Bin Laden instrumentalizou a religião para seus fins, acrescentou Lombardi. Apesar de tudo, a morte de uma pessoa nunca pode ser motivo de alegria para um cristão, afirmou o porta-voz
Comungo de uma opinião bastante parecida, por tal motivo resolvi transcrevê-la para o post.
P.S.: Considerei importante a mudança da temática, mesmo após tantos dias sem postar nada e com um outro post em pauta. E Meus melhores sentimentos ficam em nome das vítimas dessas guerras, pessoais, históricas e sem razões (notadamente as do 11 de setembro).
Sabrina Lucas.

Comentários

  1. A população gosta de criar monstros pra lhes julgar e, por inocência, achar-se melhor por não serem capazes de fazer tais atrocidades. De fato, a humanidade não deve acolher pessoas que agridem vidas alheias, mas é preciso ter cuidado para que a marginalização der-se de forma exagerada para Um e se esqueça que em rivalidades há sempre dois lados, ambos errados.

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  2. É motivo de grande preocupação, pelo menos ao meu ver, a morte de Bin Laden. Ele pode está morto, mas a al-Qaeda não está. Certamente os terroristas vão tentar vingá-lo. Mas enquanto não acontece esses fatos futuros, o que de fato significou a morte de Bin Laden? Sabemos que ele vinha sendo procurado havia pelo menos dez anos e era considerado o mentor dos atentados de 11 de Setembro de 2001, que derrubaram as Torres Gêmeas e deixaram cerca de 3.000 mortos. Os ataques levaram à invasão do Iraque e do Afeganistão por tropas americanas, episódio que ficou conhecido como "guerra ao terror" (nome também do filme que foi feito retratando o episódio). Então, não se pode negar que o feito, embora não tão certo o futuro, honrou a memória de tantas vidas que foram perdidas em nome desse radicalismo ridículo, desse fanático.

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  3. De imediato o sentimento, além do de surpresa, é sim de alívio. Alívio de saber que não há quem esteja acima não somente da lei, mas de todos os principios e valores humanitários que tão lentamente foram "construídos" ao longo do tempo. Mas ao mesmo tempo, preocupação, pois o risco de vingança por parte do grupo terrorista Al-qaeda é imintente, uma vez que considero este, infelismente, longe de um fim. Mas o que realmente me causou horror e até repugnância, foi o fato de ter presenciado quem falasse estar "triste" com a morte de Osama. Pessoas que considerava sensatas, acharem que o terrorismo é um "meio" de barrar a hegemonia norte-americana, como se as consequencias de tais atos, não importassem em proveito desse "bem maior". Isto sim, me causou terror!

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