Olá, bom dia.
Resolvi aos poucos retomar o blog, novamente (sim!). Numa tentativa de ser oposta ao título deste post, vamos esperar.
Então...
Há alguns anos, iniciei um ritual pessoal que consiste em escolher uma série de palavras, e após a criação do mesmo, a cada ano, escolho uma. Escolha esta que revelo na data do meu aniversário, que por sinal está próxima. Todos os anos, meus amigos pessoais ficam curiosos e à espera de qual será a nova. O motivo do seguimento deste "rito" é apenas continuar com a evolução pessoal, pois ao escolher cada uma, eu sigo uma linha de compromisso e esforço para trabalhar aquela palavra no meu novo ano que se inicia. Torna-se um direcionamento, o que mais desejo fazer, trabalhar, o que mais me faltará, ou que faltou no último ano, basicamente. O mais importante, no entanto é o caráter cumulativo, meu conjuntinho de palavras corresponde ao algarismo da minha idade. Se eu viver bastante (hahaha assim espero), terei muitas palavrinhas para seguir e me ajudar a ser um pouco melhor, em um contínuo de evolução humana e espiritual.
Tenho dito toda esta introdução, o breve (não tão breve assim) comentário de hoje: Confesso não ter refletido, decidido mesmo sobre a próxima palavra e num lapso de esquecimento ou de desespero até, queria, ansiava que fosse "esperança" no sentido mais simples e banal da palavra, mas já a havia escolhido. Apesar de já fazer parte da minha listinha, parece que há algum tempo, mais do que eu gostaria, ela anda escassa.
Por que então? Insistir, pensar tanto e voltar a trabalhar tanto na "esperança"?
Todos os dias, parecem surgir pequenos episódios, momentos que me fazem questionar muito, humanidade, bondade e desafiar a esperança que tenho no melhor, até em pensamentos melhores.
Outro dia no trabalho, fui pega em um looping de pensamento de "tudo parece às avessas". Meu local de trabalho é novo, organizado, toda a população adstrita necessita dele e - de preferência, obvio - em boa qualidade estrutural e com bons recursos humanos também; entretanto, infelizmente o local foi vítima de depredações há alguns meses - tristes e absurdos episódios -, logo quase sempre que atendo alguém, e algum resquício ou marca de destruição ainda é vista, surge alguma pergunta, questionamentos, ou sugestão por mais estranha que pareça do que deveria ser feito, para evitar aquilo. Na última que lembro veio: "grades, precisa engradar tudo, tudo! Para o povo aprender". E o meu looping começou ao ouvir mais uma inversão: - que liberdade é essa em que nós mesmos usamos grades para nós sentirmos seguros, livres para trabalhar e ajudar? Porque as pessoas e a maldade - em qualquer âmbito ou forma - tornaram mais sinônimo de liberdade e segurança as prisões em nós vivemos do que o senso e a esperança de que per si a educação das pessoas e os princípios as fizessem naturalmente perceber que o que assistencia um, assistencia todos, que não deveria ser preciso uma grade para "educar", mas infelizmente é assim que tem sido.
Temos sido "educados" pelo medo, temos agido, não pelo que deveríamos, construimos nossas ações, defesas por meio dos nossos receios e assim, minha desesperança foi seguindo, minando cada pedacinho, percebendo que as coisas são mais o que parecem do que o que deveriam ser.
Encerro este post, portanto com o desejo de encerrar estes gerúndios. Nada de desesperanças "seguindo".
Outro dia no trabalho, fui pega em um looping de pensamento de "tudo parece às avessas". Meu local de trabalho é novo, organizado, toda a população adstrita necessita dele e - de preferência, obvio - em boa qualidade estrutural e com bons recursos humanos também; entretanto, infelizmente o local foi vítima de depredações há alguns meses - tristes e absurdos episódios -, logo quase sempre que atendo alguém, e algum resquício ou marca de destruição ainda é vista, surge alguma pergunta, questionamentos, ou sugestão por mais estranha que pareça do que deveria ser feito, para evitar aquilo. Na última que lembro veio: "grades, precisa engradar tudo, tudo! Para o povo aprender". E o meu looping começou ao ouvir mais uma inversão: - que liberdade é essa em que nós mesmos usamos grades para nós sentirmos seguros, livres para trabalhar e ajudar? Porque as pessoas e a maldade - em qualquer âmbito ou forma - tornaram mais sinônimo de liberdade e segurança as prisões em nós vivemos do que o senso e a esperança de que per si a educação das pessoas e os princípios as fizessem naturalmente perceber que o que assistencia um, assistencia todos, que não deveria ser preciso uma grade para "educar", mas infelizmente é assim que tem sido.
Temos sido "educados" pelo medo, temos agido, não pelo que deveríamos, construimos nossas ações, defesas por meio dos nossos receios e assim, minha desesperança foi seguindo, minando cada pedacinho, percebendo que as coisas são mais o que parecem do que o que deveriam ser.
Encerro este post, portanto com o desejo de encerrar estes gerúndios. Nada de desesperanças "seguindo".
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