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O título do blog já diz tudo!

  
Boa noite!
Todo mundo sabe a respeito do fato de a liberdade de expressão ser um direito inalienável, não estou aqui para falar dos objetos de conhecimento de todos, na verdade, este post tem um objetivo mais direcionado ao enaltecimento de tal expressão. Motivada, mais uma vez, pelas conversas da aula de literatura, hoje, decidi expressar-me também!
Há muito –relativamente – não posto nada neste blog, mas hoje vim fazer jus ao nome [expresso idéias] e de antemão fico muito feliz pela idéia de expressar-se – de forma livre e consciente – difundir-se por ai. [É faço referência, sim, a você, Liúbica Malheiros, espero de verdade que crie o seu blog e coloque suas idéias no mundo: D]
O post pode parecer ter um caráter didático, na verdade, não tem, apenas falarei sobre aspectos tão importantes – para a minha vida e para a de muitas pessoas.
Em minha trajetória – desde criança –, fui incentivada, felizmente, a fazer os mais diversos tipos de leitura, sou apaixonada pelos livros, pelos direitos de expressão e pela forma pela qual nossas faculdades mentais são estimuladas. Hoje, deparei-me com considerações importantes, devido talvez à grande repetição dos mesmos assuntos, em vários anos, assim, dei-me conta do quão relevante e maravilhoso é o mundo da linguagem. Passei por variados testes sempre com os mesmos textos sobre a leitura, cultura e literatura, porém, antes, só me chegava à cabeça pensamentos de confirmação: “é... isso é legal, importante”, e nunca havia parado para pensar, de fato, o quanto tais aspectos influenciavam-me fundamentalmente.
Muitas pessoas dizem “não gosto de literatura” e nem mesmo param para pensar no sentido de afirmações assim! A literatura, antes de tudo, é um dos bens – no caso, imaterial – de todos os povos, ela vai além do puro papel. Se observarmos com atenção, perceberemos a importância da necessidade de expressar-se de alguma forma, necessidade surgida logo nos primórdios. De forma didática – positivista também –, ainda na formação primária, aprendemos que a invenção da escrita foi um marco divisor entre a pré-história e a história em si.  Não vou discutir se o homem tinha alguma forma de cultura a exprimir sem escrevê-la, ou não, apenas, quero ressaltar que a partir do momento no qual se passa a fazer tal expressão, a partir de símbolos e códigos, também, cria-se possibilidades ilimitadas de se conhecer o mundo em volta.
Com a invenção da escrita, o homem passa a ter domínio de mais um de seus potenciais, e torna-se também mais consciente dos próprios sentimentos e necessidades.
Por toda a história tem sido assim, e não é a história didática nem história da literatura, falo da história dos homens, a qual foi incessantemente marcada por lutas, por reivindicações, inclusive, pelo direito de tal expressão, sem censura, sem pudores, apenas, pelo direito de expressar o senso criativo de forma livre.
Bom, devido à maneira com a qual desenvolvi o texto, tive dificuldades de delimitar um tema, então resolvi – agora mesmo – abrir espaços para outros textos. Farei o seguinte: explanarei mais sobre esse maravilhoso tema, ou melhor, temáticas, será mais ou menos criar uma coletânea de posts sobre: cultura, literatura [nos mais variados aspectos, do popular ao cientifico], história, arte, manifestações, imprensa, romances, enfim... Vamos ver!
Ah, e antes de terminar, gostaria de agradecer à Flavinha pela contribuição no post da semana passada, afinal, além de escrever bem, é sempre muito importante ver pessoas a exprimir idéias!
“Mãos dadas”
Não serei o poeta de um mundo caduco
Também não cantarei o mundo futuro
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade
O presente é tão grande, não nos afastemos
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas
 [...]
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.
 (Andrade, Carlos Drummond de. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 1992)
- Por fim, vamos fazer do nosso tempo a nossa matéria, na vida sejamos presentes, e desfrutemos de tal presente que é a capacidade de aprender, expressar e exteriorizar não, apenas, nossas idéias, mas nós mesmos.
“Tudo o que somos é resultado daquilo que pensamos”.
(Buda)

P.S: O “Expressoideias” chegou aos 10 posts [no post passado], portanto, não vou nomear, mas quero agradecer muito as pessoas que me apoiam e sabem o quanto é importante para mim. Pode parecer pequeno, mas de detalhes se faz um grande sucesso.


Comentários

  1. Boas ideias são transformadoras. Boas ideias merecem ser espalhadas. Ou melhor: precisam ser espalhadas. e não a melhor e mais duradouro meio de "expressão de ideias" do que a escrita.
    A meu ver, esse post criou um clima intelectual imprevisível e diverso - e por isso mesmo, inspirador.
    AH, e parabéns pelos 10 posts! espero que meu blog se torne tão interessante quanto o seu.
    beeijos.

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  2. Palavras inspirad[or]as...
    O Homem, neste turbilhão, conhecendo a si mesmo...
    como Alice descendo na Toca do Coelho... Sofia em busca de se libertar! ;]

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  3. gostaria de ter tido aulas de literatura inspiradoras como as suas! pena que minha inspiração tá limitada, atualmente, pelo simples e monótono sentimento! hehehehe
    Lindoo o Blog, amei a postagem!

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  4. Amei este post!
    Concordo plenamente com a criação do blog de Uca, a menina é fera (hauhuahsuahsuahsuha...) Queria aproveitar para, além de parabenizar pelos 10 posts, tbm agradecer, afinal este blog me mantém em contato com o "fantástico mundo de Sabrina" =D

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  5. ahá! amei este post :) Primeiramente, a aula de Jorge me deu um efeito parecido, e por sorte foi logo a aula antes do tema sobre liberdade de imprensa haha. Sério, tbm fico pra morrer quando alguém diz que n gosta de literatura, no mínimo não conhece! É tudo tão lindo *-*
    Esse tema (ou essas temáticas) são apaixonantes, *-*
    Queria fazer ainda português no mesmo horário que o seu, seria uma viagem xD

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