O que é tempo sobressalente quando, na verdade, nosso tempo é gasto no viver? Sempre me deparei, pessoalmente, com esta pergunta. Digo gasto, porque, em campo terreno, há uma quota limitada para cada um de nós. A propósito, inexorável. Hoje, mais uma vez, continuei um dos títulos não-ficcionais que gosto de manter na cabeceira de leitura, para afiar as reflexões. O escolhido, ontem, foi "Sem tempo a perder", uma coletânea de textos da Úrsula Le Guin, dama da ficção científica, co-incidentemente com excertos tirados de quando ela também resolveu escrever em um blog. Primeiramente, poucas pessoas estariam tão bem qualificadas para falar sobre "tempo", embora aqui nos caiba mais o aspecto filosófico do que científico a respeito dele, mas, talvez, ambos sejam indissociáveis. Em segundo momento, fico feliz de ter as mesmas elucubrações de grande nome da literatura, mas também devo dizer, ficaria ainda mais, caso tais conjecturas fossem mais comuns, entre nós, no nosso
Escrita Quando pensamos em escrever ou em escritores, já pensamos em "passadores de mensagens". Parece vir à mente a inerência de que ela é feita para o outro...mas se a escrita for uma passagem? Não seria ela feita de descobertas? Afinal, quando escrevemos (isso, me incluo, o eu no nós)...quando escrevemos sempre deixamos algo de nós a existir no mundo. E só de passagem nos damos ao outro. Quando somos lidos, somos vistos por outros olhos e em outro mundo. Sim, nossas descobertas são, de passagem, leitura de outro. 25 de julho, dia do escritor. P.S.: (para não perder o costume) nada mais justo um rascunho postado sobre escrita, quando o último escrito por aqui, há 2 anos quase, foi meu legado. Quem sabe...à espera de uma volta?